A palavra principal para todo pescador é informação, ela pode definir se a pescaria vai ser produtiva ou não. Sempre que marcar uma pescaria, é interessante perguntar a outros pescadores quais tipos de peixes, quais tipos de pesca e quais tipos de iscas tem resultado positivo no local onde a mesma será realizada.
Obtendo essas informações você já pode selecionar qual equipamento levar, por exemplo, linhas, anzóis, chuveirinhos, chumbos, varas para molinetes, molinetes, varas telescópicas, varas para carretilhas, carretilhas, varas de bambu, etc...
Quanto as iscas, em cada local usa-se um tipo de isca. Em minha região, usamos minhoca para pescar a maioria das espécies existentes. Quando a mesma não funciona, utilizamos iscas vivas que são encontradas as margens do local a ser pescado, como por exemplo, camarão, peixes pequenos, até mesmo baratas e lesmas. As massas também podem ser utilizadas, porem, os peixes devem ser sevados com a mesma para maior produtividade na pescaria.
Resumindo, o jeito mais fácil de se preparar é perguntando para outras pessoas que já pescaram nesse local, dependendo do lugar, se for conhecido, é possível até mesmo fazer uma pesquisa na internet para descobrir quais espécies de peixes ali existem.
Em fim, sabendo aproximadamente a faixa de peso dos peixes você pode determinar qual linha irá utilizar. Existem vários tipos e marcas de linhas, para pescas em que você arma a vara de mão ou molinete e fica esperando o ataque do peixe, recomendo que utilizem linha de monofilamento, pois, essa linha possui uma certa elasticidade que ajuda na captura dos peixes, é resistente a abrasão(no caso de atrito com madeira ou pedra não corta facilmente) e é mais barata que os outros tipos.
Na tabela a baixo, é possível determinar qual diâmetro(espessura) da linha monofilamento a ser utilizada de acordo com o peso que a mesma suporta. Vale lembrar que para evitar perdas devemos utilizar uma linha que suporte no mínimo cinco quilos a mais que o peso dos peixes a serem capturados.
Esses valores são aproximados, outro fator que interfere muito é o nó, dependendo do tipo a capacidade da linha diminui muito, devido ao atrito no aperto que enfraquece alinha no local do nó.Cada pescador utiliza um tipo de nó diferente, cabe a cada um pesquisar vários tipos de nó e experimenta-los até achar um que tenha um bom resultado, mais a diante irei ensinar o tipo de nó que uso.
Após determinar a linha, podemos partir para os anzóis. Existem vários tipos de anzóis no mercado, o que deve ser levado em consideração é a força do anzol, quanto maior a qualidade, menos peixes irá perder.
Selecionado os anzóis de qualidade, partimos para outro parâmetro, o tamanho, que varia de acordo com o tipo do peixe, e também de acordo com o tamanho da boca do peixe. Veja a tabela a baixo, o exemplo de como são enumerados os anzóis.
Alguns pescadores optam por ter uma certa quantidade de cada tipo, mais não é necessário isso, você pode fazer a divisão da seguinte forma, anzol para peixes pequenos, médios e grandes. Para peixes pequenos como o lambari podemos usar o número quatorze. Para peixes médios como sarapó(tuvira, maria-mole) podemos usar o número seis. Para peixes grandes como traíras podemos usar o número sete barra zero. É necessário ter no mínimo uns dez anzóis pequenos, médios e grandes pois sempre pode acontecer da linha cortar, sendo necessário colocar outro anzol.
A chumbada é um caso a parte, se estiver pescando em locais onde não há correntezas como em lagos, não é necessário utiliza-la. Já a pesca onde há correntezas como em rios é necessário usar a chumbada, o tamanho da mesma o próprio pescador define, o objetivo e manter o anzol perto do fundo mesmo com a ação da água corrente sobre a linha.
Para pesca com molinete o tamanho da chumbada depende da distância que você pretende arremessar, quanto mais pesado o chumbo, mais longo será o arremesso.
A boiá é utilizada como um sinalizador visual, sendo muito eficaz em pescarias durante o dia. O peso do chumbo junto com o peso da isca não podem afundar a boiá, se a mesma estiver afundando, é necessário colocar um chumbo menor, ou uma boiá maior. Assim como a espessura das linhas, o tamanho da bóia é determinado pela força do peixe, para peixes pequenos, bóias pequenas, para peixes grandes, bóias grandes, o peixe deve conseguir afundar a bóia quando atacar.
Por fim, podemos determinar quais as varas e molinetes a serem utilizados. Em particular, prefiro as varas telescópicas por serem mais fáceis de se transportar, para molinetes, utilizo varas de duas partes, por também serem mais fáceis de se transportar.
As varas telescópicas sugiro que sempre tenham quatro, duas varas flexíveis de ponta fina de aproximadamente três metros para pesca de peixes pequenos, e duas varas rígidas de aproximadamente cinco metros para pesca de peixes médios e grandes. Porque duas varas de cada? Porque se uma quebrar, você terá outra. Sempre tenha uma vara de cada de reserva, nunca se sabe quando uma vara pode quebrar. Com o tempo veremos que temos quer ter esses mesmo raciocínio para vários equipamentos para não ficar na mão.
A escolha do molinete e da vara para o mesmo deve ser feito de acordo com o peixe a ser pescado, mais sugiro para os iniciantes que comecem com molinetes baratos, que suportem uns cem metros de linha 0.40mm de espessura, utilizem varas de aproximadamente dois metros de comprimento, quanto maior a vara mais fácil para que uma pessoa que nunca arremessou aprenda. Aconselho uma vara de quinze a vinte e cinco Lb(libras) por serem mais leves e flexíveis facilitando o arremesso.
Isso é o básico que o pescador deve saber, com esse conhecimento já dá para ter uma ideia de quais apetrechos obter para poder começar a pescar.
Na próxima postagem vou ensinar a fazer o nó, e a montar as varas telescópicas e as varas com molinetes. Até mais, qualquer dúvida só perguntar.